sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu fui besta e deixei-a partir. E não adianta, ontem à noite eu fui a um bar com os meus amigos e tentei paquerar uma mulher bonita que estava sentada na cadeira de frente pra janela, ela caiu no meu jogo, mas eu simplesmente não consegui. Ninguém tem os olhos dela, ninguém tem a voz dela, ninguém tem aquele jeito meigo que só ela tem. E eu tentei, mas não consegui. E eu comecei a beber pra tentar esquecer as mágoas, e de momento, eu consegui. Mas, porra, foi só por alguns momentos, ou horas. No dia seguinte acordei com uma ressaca do tamanho do mundo. Minha cabeça parecia que iria explodir, e de fato, era o que eu queria. E eu me vi perdido sem ela. Eu acordei, e já não vi o café na mesa, nem a vi assistindo o programa de culinária na televisão. Eu acordei e percebi que faltava algo, e sinceramente, não era algo irrelevante ou absurdamente pequeno. Cara, ela me faz uma falta tremenda, e eu não sei dar nó em uma gravata. Ela arrumava minhas coisas e lembrava dos meus compromissos. Não que ela fosse minha empregada, mas poxa, só ela conseguia colocar ordem nessa minha vida totalmente virada e bagunçada. E eu implorei, por Deus do céu, traga-a de novo. Esperei, e nada de telefone, nada de mensagem, nada de carta e nada de batidas na porta… E eu finalmente me dei conta de que não tinha mais volta. Eu a perdi por idiotice. Cara, como eu me odeio. Ela dizia me amar todos os dias e sempre me fez juras de sempre me satisfazer. Ela prometera nunca me deixar, mas ela se cansou de mim, cara. Ela conseguia botar ordem em tudo, desde aqui em casa, até o meu coração virado do avesso, e eu sempre devia idas ao restaurante nos finais de semana e nunca a levei. Como sou burro, cara. Ela me deixou e eu não pude impedi-la. Eu lembro que a via frente ao espelho, e lembro também que sempre apressei ela, pois ela sempre passou horas e horas na frente daquela coisa. E eu sempre a dizia: “Não precisa de tudo isso, você fica linda sem também”. E ela dava risada, e por mais irônica que fosse, eu adorava aquela risada, cara. E ela tornava a dizer: “Homens… Nunca entendem as mulheres”. E eu, tolo, sempre achei que compreendia os sentimentos e os desejos dela, e cara, conhecia tanto que não previ a partida. Ou eu fui muito burro ou eu fui muito burro. Com quem eu irei nas madrugadas comer um cachorro-quente? Com quem eu irei no shopping e ficarei entendiado em todas as lojas que visitar? Com quem eu brigarei por tamanha vaidade? Com quem eu brigarei pra ver quem ama mais? Com quem, cara. Com quem? E o foda é que eu a vi dobrando a esquina. E cara, já era tarde demais. Aquela mulher do bar só sabia dizer e querer sexo, ela disse ter me amado, por um momento, mas eu não pude acreditar. Quem eu estava querendo enganar? Eu nunca veria e nunca acharia uma mulher tão completa e perfeita quão a que tinha. Eu nunca terei prazer de ter alguém como ela de novo, cara. E talvez esse seja o ponto: eu achei que ela estava na minha, e que eu poderia fazer tudo, pois ela morria de amor por mim. Eu achava que ela nasceu pra mim, cara. Eu achava que ela não sabia viver sem mim. E cara, agora eu vejo a burrada que eu fiz. Ela sabe, e sabe muito bem viver sem mim. Eu a quero, e sempre a quis… Mas fui tolo de não ouvi-la. Agora sei como é sentir falta de alguém. Quando eu ia no bar com os meus amigos e no estádio de futebol, ela me ligava e não me deixava em paz… Agora eu sei o que é sentir falta. Agora sei o que é ciúme também, pois eu sei que ela encontrará outro cara e se apaixonará tanto quanto era apaixonada por mim. E eu sofro e sofrerei durante muito tempo, porque cara, eu a perdi.
— Alugue Felicidade — Ontem fui pro trabalho sem gravata.
Não consegui dar o nó.

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