terça-feira, 12 de setembro de 2017

Explo Flora - Holambra 2018

Boa tarde!!!
Quem gosta de florzinhas ai, como eu?  FDS eu fui para Holambra, está acontecendo o Festival das Flores, o Explo Flora. Quem nunca foi, deveria ir conhecer, é bem legal, tem várias comidas, feirinhas, exposição de flores e paisagismo. É um ambiente bem família e ótimo para passar o dia.


































Bom, pelas fotos já conseguiram ver que o lugar é lindo né? Vale a pena. Aproveita que só fica aberto até o final desse mês.

beijos, TK.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Unha da semana

Bom dia!!!
E a unha dessa semana foi uma cor super diferente, usei esse esmalte da Bruna Marquezine. Eu adorei a cor! E a qualidade do esmalte é muito boa também, super recomendo!




Eu adorei, e vocês? :)


bjs, TK.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Sociedade do imediatismo

Quem nasceu nos anos 90, vai entender muito bem o que eu digo. Nascemos e crescemos em uma época em que a tecnologia estava começando a dar os seus primeiros passos para um grande avanço. Me lembro que quando vi um telefone sem fio, achei a coisa mais hilária do mundo. E a internet discada ? Eu adorava esperar meia hora olhando para aquela tela simplesmente vendo um cachorro fofo branco na tela e esperando a conexão pegar e eu navegar nos sites. Eu ainda me lembro muito bem dessa época, computador e internet eram novidade, mas eu não abandonava minhas Barbies e nem minhas brincadeiras no quintal. Tudo era tão bonito, eu parecia não depender de nada, só de brincar. 

Confesso que tenho muitas saudades dessa época. Depois de um tempo surgiu o celular, eu mal me importava com aquilo na verdade, mais tarde fui entrando no primário e assim em diante. Começou a moda de todo mundo com celular, a intenção de ter um celular não era ter crédito para fazer ligação, mas sim ter o famoso jogo da cobrinha. E aquilo virou uma passa tempo das crianças se tornando adolescentes. Ganhei o meu primeiro celular um pouco tarde, eu sabia sua função mas por incrível que pareça, ele não me importava nenhum pouco.

Comecei a entender a utilidade do celular quando aquilo era um sinal de status, quem tinha a melhor marca e o menor celular, o mais legal. Depois surgiu a tela de celular colorida e com câmeras para tirar fotos. Qualidade das fotos eram péssimas, mas nos satisfaziam de uma maneira sem fim. Com o passar do tempo fiquei adepta ao celular também, e eu precisava trocar sms toda a hora com minhas amigas, aliás minha operadora para era sms ilimitada. E eu mandava as mensagens e já estava ali pronta esperando a resposta para eu enviar outra mensagem, e assim foi se tornando um vício. Chegou os Smartphones, marcas de desejo da população e a tecnologia em si cresceu tão rápido que nós nem percebemos porque sempre queríamos mais e estávamos mergulhados nela.

Hoje quem não tem rede social e whatsapp é um completo desconhecido para todo mundo, até achamos que a pessoa é um ET. Toda essa tecnologia nos conectou de uma forma que vivemos através delas e por elas. Demora apenas segundos para você estar online, postando, compartilhando, curtindo, seja o que for. Ficamos reféns disso e queremos tudo na hora. Pessoas deixam se fazer coisas que eram necessárias e ficam conectadas quase 24 horas. Pessoas não se interagem mais pessoalmente, estão olhando para o celular a todo momento, vidradas. Todo dia em que entro no trem para ir trabalhar, fico reparando em quantas pessoas estão no celular e quantas leem um livro, tem dia que não vejo uma pessoa com um livro na mão, em compensação todas com fone de ouvido olhando para a tela do celular. 

É o dia inteiro trocando mensagens uns com os outros, grupos e compartilhando muitas coisas. É um ódio mortal ver um tique azul de mensagem lida e não respondida. Sabe porquê ? Simplesmente porque queremos tudo pra agora e se possível, tudo para ontem. Estamos vivendo como se não tivesse o dia de amanhã, não sabemos mais o que é esperar. Já é a segunda vez consecutiva que meus relacionamentos são terminados por mensagem. Sabe o que é isso ? Bom, já dizia Balman em amor líquido né, tudo é efêmero. Difícil ver algo duradouro, as pessoas estão hiperconectadas e querem tudo para o agora.

 Essa sociedade do imediatismo ainda vai me me matar de desgosto e decepção, ah se vai!

TK.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Unha da semana: Pitaya

 Bom dia, meninas!

Quem ai quer uma dica de um esmalte bem diferente? Bom, ganhei um esmalte da Avon, chamado Pitaya. Ele é bem diferente, no começo eu estranhei, mas depois gostei, além dele durar muito na unha. Tem várias cores deles, mas pintei somente de Pitaya até agora.


O que acham ?

Tati.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Músicas de Julho

Olá, dei uma sumida daqui, mas vim postar minhas dicas de músicas do mês de Julho para vocês.

Jonas Blue - Mama

Bruno Martini - Sun goes down

Little Mix - Power


Grace VanderWaal - Moonlight

Sam  Feldt - Fade away

Katy Perry - Swish Swish

Little Hollywood - Alle Farben

Essa são as músicas que estou mais escutando no mês. Espero que gostem!

beijos, TK.

sábado, 8 de julho de 2017

Pode ir...


Ei, eu disse que tú podia ir, ir mesmo, ir embora. Você disse que não, e por algum motivo ficou, ficou tempo suficiente para que eu me lembrasse de você a vida toda. Mas por outro motivo, o destino escolheu um rumo diferente para mim e para você, assim do nada. Então, você foi embora, e eu disse: Pode ir! E por algum motivo agora você foi. 

Eu só te peço uma coisa: Pode ir, mas leve um pouco de mim em você também. Já que você dizia que eu te fazia tão bem, te trazia uma paz fora do normal, te trazia um sentimento tão diferente que você nunca havia sentido, trazia bons sorrisos e boas memórias. Então pode ir, mas leve tudo que você aprendeu comigo, não só seus novos dotes culinários, mas também o modo diferente de ver a vida. Leve um pouco da minha calmaria que tanto você amava. Leve tudo o que você quiser e mais um pouco. Porque de você, eu também levarei - seja nas minhas lembranças ou/e no meu coração.

Então leve, leve tudo. Sabe porquê ? Porque coisas boas e ruins servem de experiência. Tudo é aprendizado. E querendo ou não, a gente acaba levando um pouco um do outro, mesmo que seja só no passado, isso não tem como mudar.


TK.

terça-feira, 20 de junho de 2017

É preciso ir embora


Essa semana li um texto super legal e achei interessante compartilhá-lo com vocês.
Ano passado, na festa de despedida de uma amiga, ouvia calada e com atenção seu dolorido discurso sobre o quanto ela se preocupava com a decisão de ir embora. Dizia se preocupar com a saudade antecipada da família, com a tristeza em deixar um amor pra trás e com a dor de se afastar dos amigos. Ela iria embora para Londres com tantas incertezas sobre cá e lá, que o intercambio mais parecia uma sentença ao exílio.
Dentre dicas e conselhos reconfortantes de outras amigas, lembro-me de interromper a discussão de forma mais fria e prática do que gostaria:
“Quando você estiver dentro daquele avião, olhar pra baixo e ver todas estas dúvidas e desculpas do tamanho de formigas, voltamos a falar. E você vai entrar naquele avião, nem que eu mesma te coloque nele.”
Ela engoliu seco e balançou a cabeça afirmativa.
Penso que na época poderia ter adoçado o conselho. Mas fato é que a minha certeza era irredutível, tudo que ela precisava era perspectiva. Olhar a situação de outro ângulo, de cima, e ver seus dilemas e problemas como quem olha o mundo de um avião. Óbvio, eu não tirei essa experiência da cartola. Eu, como ela, já havia sido a garota atormentada pelas dúvidas de partir, deixando tudo pra trás rumo ao desconhecido. Hoje sei que o medo nada mais era do que fruto da minha (nossa) obsessão em medir ações e ser assertiva. E foi só com o tempo e com as chances que me dei que descobri que não há nada mais libertador e esclarecedor do que o bom e velho tiro no escuro.
Hoje a minha amiga não tem mais dúvida. Celebra a vida que ela criou pra ela mesma lá na terra da rainha, onde eu mesma descobri tanto sobre minha própria realeza. Ironicamente – e também assim como eu – ela aprendeu que é preciso (e vai querer) muitas vezes uma certa distancia do ninho. Aprendeu que nem todo amor arrebatador é amor pra vida inteira. Que os amigos, aqueles de verdade, podem até estar longe, mas nunca distantes. Hoje ela chama o antigo exílio de lar, e adora pegar um avião rumo ao desconhecido. Outras, como eu, e como ela, fizeram o mesmo. Todas entenderam que era preciso ir embora.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim,  que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo  que vai terminar a frase “Que saudade de você…”com  “por isso tô te mandando esse áudio”;  ou “porque tá tocando a nossa música”ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém.  Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir.  Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.
Antônia no Divã

terça-feira, 23 de maio de 2017

Músicas de Maio

Bom dia!
Nada como começar o dia escutando músicas que a gente gosta, não é mesmo ? Vou postar aqui as 10 que eu mais estou escutando esse mês.

Galantis - Hunter

Nick Jam - El Amante

Alok - Never let me go

Lady Gaga - The Cure

Maggie Lindemann - Pretty Girl

Nick Jonas - Bacon

Robin Schulz feat.James Blunt - OK

Clean Bandit - Syphony feat.Zara Larsson

Sandy - Respirar

Sam Feldt - Runaways

E ai, estão escutando essas músicas também ?

Beijos, TK.

domingo, 14 de maio de 2017

Dia das mães!


Mãe, uma palavra tão pequena mas com tantos significados. Eu nem sei por onde começar a descrever você e essa palavra que é sua e se encaixa tão bem em você. Ser mãe, é ser amiga, pai, paz, alegria, cumplicidade, sabedoria, é ser base, apoio, espelho, inspiração, orgulho e o melhor de tudo, AMOR. Mãe é o melhor e maior amor do mundo, mãe é ser tudo e mais um pouco.Obrigada mãe por me ensinar o valor da vida e entender que independente do dia estar ensolarado ou nublado, sempre terei você alí pra mim e por mim.

Amo muito você!

TK.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Músicas de Abril

Oláaa, 
Todo mês coloco aqui uma mini playlist com as músicas que eu escuto diariamente no mês. Tem tantos lançamentos que eu fico perdida, então acabo selecionando algumas para escutar com mais frequência e aqui fica minhas dicas (escuto várias coisas, SIM):

Martin Garrix - Scared To Be Lonely

Bruno Martini - Living on the Outside

Alok - Fuego

I Was Wrong - Robin Schulz

Thinkin Bout You - Vijay & Sofia Remix

Martin Jensen - Solo Dance

Michel Teló - O mar parou

Maneva - Saudade do tempo

Cidadão Quem - Dia especial

Beijos, TK.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Pro seu amor que acabou de chegar,


Pro seu amor que acabou de chegar,

Oi lindo, hoje é dia 13 de abril de 2017, exatamente as 20h35 e eu estou indo pra minha cidade. Você disse que não sabia quando eu leria esse texto né? Na verdade, não demorou muito, li faz um mês. Estava apenas esperando você perceber que eu sou seu amor. Não se preocupe, eu cheguei! E cheguei assim do nada, e é pra ficar.

A gente se conheceu pessoalmente em um dos seus restaurantes favoritos (eu acho) e você bem que acertou quando disse aplicativo online. Bom, acho que você procurou muito por mim por ai né? E foi bom saber que você estava desacreditado, pois cheguei pra despertar o seu melhor e te lembrar que a vida e o sorriso a dois é muito bom também. Você já sabe como são meus dias, já faz um tempo que seus “Bom dia, linda” e “Boa noite, minha linda” fazem parte da minha rotina. E sim, meu chefe me tratou super bem, apesar de jogar tudo para eu resolver. 

Sim lindo, muitos me prometeram flores e só me deixaram espinhos. Antes tivessem me prometido um coqueiro, pois assim eu saberia que seria meio “impossível” e talvez, não tivesse acreditado tanto.

Na verdade mesmo, eu não quero promessas, quero atitudes pois palavras vem e vão. Quero alguém que escolha ficar comigo e que tudo isso seja recíproco. Eu não sei exatamente quando ou como te chamei atenção, também não sei quando você pensou “Ah, acho que é ela!”. Só sei que foi tudo muito rápido e deu certo, alías muito certo, a sintonia bateu. Sabe aquela música ? “O que na vida ninguém fez você fez em menos de um mês”, pois é lindo, muito isso.

Obrigada por não desaparecer, escolher ficar e me conhecer melhor. Eu amo romances também, você já sabe. Podemos tomar vinhos, mas calma, eu fico bebada rápido, mas se você cuidar de mim depois, tudo bem. Filhos, até podemos ter, mas eu escolho os nomes tá ? Já tenho eles em mente faz muito tempo.

Você pode estar na minha frente quantas vezes você quiser, mas lembre-se que em algumas noites vou querer você atrás tá ?. Não tenho pressa, por isso, vou esperar a rosa, outros buquês de rosas ou qualquer outra florzinha, afinal, você sabe, eu as amo. E só com meu olhar e meu sorriso, você vai ter as respostas de todas suas perguntas.

Sim lindo, eu só vou entrar na sua vida se for pra te fazer o homem mais feliz desse mundo, e é por isso que eu estou aqui e quero/vou continuar.


Amor, já cheguei!


Beijos na boca, TK.

Carta para o amor que vai chegar.


Pro meu amor que ainda não chegou. 
Oi Amor, hoje é dia 31 de Janeiro de 2017, exatamente às 2:00 da manhã. Não sei quando você lerá esse texto, pode ser amanhã ou há alguns anos, mas eu sei que você vai chegar, eu tenho essa certeza no meu coração.

Talvez eu te conheça amanhã na fila do pão ou no meu restaurante favorito, talvez até em algum aplicativo online. Queria muito saber como está seu dia, se você se saiu bem naquela prova que você tanto estudou, se o seu chefe lhe tratou bem.

Sei que você está cansada de “caras” que lhe prometem tudo e não cumprem a metade, eu sei, eu também estou cansado. Cansado de pular de encontro em encontro e chegar em casa e pensar “Foi legal, mas...". Não consigo ser um cara “casual” que fica e no dia seguinte some. Gosto de romance, gosto de ouvir aquela música tomando um vinho e me imaginar com você dançando no meio da nossa sala, nossos filhos rindo e achando “cafona", é isso que quero. 
Um dia eu vou estar na sua frente, em qualquer lugar do mundo. Vou estar com uma blusa, um jeans e uma rosa na mão para te fazer uma pergunta: Aceita namorar comigo, casar comigo e ser a mulher que vai fazer desse homem o mais feliz do mundo? 

Amor, chegue logo!

A.B

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Perdoar é se lembrar sem se ferir

Dia desses, passeando pelo Instagram, me deparei com uma frase de um autor desconhecido: “Perdoar não é esquecer: isso é amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer: isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento…”
E parei para pensar no que a frase diz. Que o perdão é uma decisão nem sempre é simples, nem sempre fácil mas ainda assim, uma decisão de seguir em frente sem mágoa ou dor. Não é simplesmente “deixar pra lá”, deletar e não pensar mais no assunto. É sim, conseguir encarar a questão de frente e não ter mais sofrimento ao confrontá-la.
Para isso, é preciso rasgar-se e então remendar-se. Escancarar todas as feridas para depois curá-las. Ousar remover todos os curativos para então ventila-los.
Quem concede o perdão beneficia a si mesmo. Pois ao se livrar de lembranças dolorosas, mágoas rasgadas e ressentimentos embolorados, percebe que se curou.
Ninguém esquece daquilo que lhe feriu, que doeu, que dilacerou. Mas a gente pode superar. Pode enxergar o que rasgou sem se machucar. Pode entender o que morreu sem se enlutar. Pode conviver com o que restou sem se magoar. Isso é perdoar. Isso é permitir que a história siga seu curso trazendo uma lembrança que não pesa mais.
Na vida é necessário perdoar sempre. Perdoar a finitude das coisas, perdoar a pressa do tempo, perdoar as despedidas e os pontos de vista, perdoar erros bobos ou grandiosos, perdoar as ausências, perdoar a falta de jeito e a indiferença. Sem o perdão, ficamos presos a um lugar de falhas e faltas. Não seguimos em frente, não superamos, não evoluímos.
É preciso ser leve. Absolver a existência de culpas que nos atam a um lugar que não existe mais, e livrar nossa história de ressentimentos antigos. Se sua infância foi dolorosa, se seus pais não cuidaram de você com cuidado, se você sofreu bullying na escola, se seu primeiro namorado lhe traiu, se sua amiga lhe humilhou… tudo isso passa a ser irrelevante quando você aprende a perdoar. Quando você entende que a dor pelos fatos ocorridos pode ser carregada ou não. Quando você percebe que as feridas fazem parte da sua história, mas é você que decide como quer lidar com elas.
A gente não se esquece dos cacos de vidro que pisou, mas a cura chega quando a gente volta a caminhar sem dor. A gente se lembra, mas não se importa mais. Isso é perdoar. Isso é permitir que sua história siga sem lhe machucar.
Talvez seja hora de encarar aquilo que não sabemos lidar e simplesmente perdoar. Iremos descobrir que não precisamos esquecer pra seguir em frente, e sim decidir que isso não tem o poder de nos machucar mais.
O perdão é uma escolha. Uma escolha de viver sem dívidas com o passado, uma escolha de se desvencilhar das mágoas e ressentimentos e, principalmente, uma escolha de viver sem dor.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Viver longe dos irmãos

É viver meio longe de nós mesmos

Houve um tempo em que morar na mesma casa é que era o problema. Começamos com as disputas pelos brinquedos, depois pelo controle remoto, evoluindo para a trilha sonora no carro e o tempo de ocupação do banheiro. Tudo era razão para eclodir um embrião de guerra civil.
 Todos nós já desejamos, do alto da nossa imaturidade convicta, que eles desaparecessem daquela casa. Que eles não acabassem com as bolachas recheadas, não comessem o último pedaço da lasanha, nem sumissem com as nossas meias preferidas. Já gritamos enfurecidos, dizendo que preferíamos dividir quarto com um animal qualquer do que com eles.
 E então os anos passaram e finalmente saímos de casa. Nós ou eles, ou nós e eles. Carreira, estudos, casamento ou qualquer outra razão fez com que aquele velho ninho da discórdia passasse a fazer parte apenas da memória e não mais de um dia a dia conturbado.
 Pareceu-nos, muitas vezes, na ignorância da infância ou na estupidez da adolescência, que a felicidade seria muito mais viável sem a presença diuturna daquelas criaturas que insistiam em invadir nosso espaço, apesar de todas as ameaças que julgávamos lhes fazer.
 Mas essa ideia, como tantas outras que imaginávamos sobre a vida adulta, era uma cilada.
 Hoje descobrimos que é extremamente dolorido ter que aproveitar a presença deles em eventos com hora marcada para terminar. Almoços, jantares, visitas. Que coisa sem cabimento. Eles têm hora para ir embora? Eu tenho hora para ir embora? Não, espera aí. Irmãos não foram feitos para ir embora. Foram feitos para ficar aqui, para podermos brigar sem pressa, ofender sem querer e amar sem prazo.
 Agora nos flagramos adultos, acelerando as conversas quando nos vemos, tentando aproveitar-nos ao máximo, lutando contra o relógio. Nos vemos tapando buracos com mensagens de whatsapp e linkando seus nomes em publicações de redes sociais que só eles entenderão. E às vezes, como quem sente uma pontada no peito, nos damos conta de que isso é tão, tão pouco.
 As distâncias variam. Alguns moram a 50 metros, outros a 50km. Outros mais sofridos vivem a 500km ou 5.000km. Em sua medida, todos sabem como doer. Os beliscões de antigamente foram substituídos por abraços sedentos. E nós descobrimos que os abraços raros doem muito mais do que os beliscões raivosos.
 É bom saber que todos tomamos algum rumo, ainda que torto. É bom ver que a vida de cada um de nós caminhou. Mas é quase insuportável a ideia de tornar-se um espectador na vida de um irmão. Logo nós! Logo nós que sempre fomos os protagonistas de todos os espetáculos e shows de horrores das vidas deles… Logo nós. 
Irmãos nunca deveriam ficar longe uns dos outros. Juntos sempre foi melhor. Brigando, criticando, estapeando. O problema é que a vida adulta não nos faculta o luxo do perdão automático, nem da memória curta. Talvez por isso o tempo nos obrigue a aceitar alguma distância. Talvez, depois de abandonar a infância, a distância seja exatamente o que nos mantenha mais unidos. 
Não sei. Sei que, de um modo ou de outro, machuca. Ir embora sem conversar tanto quanto queria, pedir socorro às tecnologias para sentir-se menos distante, não ter nem tempo para brigar e beliscar como sempre foi. Mas é uma daquelas dorzinhas de sorte. Da qual só usufrui quem teve a sorte de ter um irmão presente, que já foi odiável e irritante, mas que hoje é uma saudade diária e a certeza de que para estar junto não é preciso estar perto.
Ruth Manus